A lei e a escravidão
Gente vinda do desconhecido,
Onde lá o Sol arde em brasa,
Tragas as novas terras como gente escrava.
A terra onde “se plantando, tudo dá”.
Atos desumanos foram cometidos
Com aqueles chamados “escravos”
E falaram que eles não mereciam justiça,
Mas teve um homem que provou o contrário.
Nascido em “tempo de rei”,
Tirado do seu próprio lar,
Pelo sangue do seu sangue,
Luiz Gama foi a voz dos escravos.
E embora em “tempo de rei”,
Luiz Gama acreditava
Que todos eram iguais perante a lei.
Criado em cativeiro,
Lutou para não ser cativo,
E foi a luta pela liberdade de sua família.
Autodidata, estudou sem reclamar,
Era respeitado por todos,
Até por aqueles que gostavam de se gabar.
Ele via desigualdade,
Mas defendia a igualdade
Lutou para que os negros tivessem justiça
E provou que a escravidão era sem justificativa.
Ele se apresentou e disse:
"Senhor juiz, eu apelo pela causa
Das pessoas consideradas escravas!
Eu luto pelos direitos dos negros,
Que são tratados com desigualdade
E preconceito!"
E jogou o jogo deles,
E venceu várias vezes.
Foi à luta,
Venceu as disputas
E exigia uma balança justa.
Libertou metade de milhares,
Porém, foi-se jovem.
Mas por causa de sua vida,
Todos cuidaram do seu funeral,
Por ter feito algo sem igual.
Todos temos uma dívida
De gratidão por esse feito.
E nós, sempre nos lembraremos
Desse advogado, do qual aprendemos,
Que acreditava um mundo sem preconceito.