Ele brincou com fogo, pensou que se dominava
Achou que podia brincar com a sua vida e a dos seus
Dizia que entrava e saia na hora que queria de qualquer canto e situação
Esqueceu-se da vigilância que impõe o respeito
Achou que a sua dita liberdade era o suficiente
Pensou que as coisas permaneceriam do mesmo jeito
Foi enganado por sua prepotência também enganou e machucou
Fazia investidas com pretensões indiretas
Cercava de mansinho com galanteios até conquistar
Montava estratégias, mas nelas também se perdeu
Tornou-se prisioneiro, de suas próprias teias não pôde se livrar
Olhar distante e temido, os seus já não eram mais seus assim
Viu que o tempo que passou para os de casa foi de grande judiação
A vida embebecida nos prazeres deu a ilusão da falsa liberdade
As feridas provocadas por seu egoísmo exigiam constrangimento
O preço foi muito alto, se viu como um estranho na família mutilada.