Eco trivial

É tudo superficial,

Amor sem paixão, fé sem Deus,

Festas natalinas, carnaval sem fim.

Jurei não cair

Na dança da maldade,

Mas juras são pura trivialidade.

Onde vai dar essa loucura?

Coragem ou inocência?

Também é trivial.

Banalidades cotidianas:

Mar vazando esperança,

Ressaca de sonhos quebrados,

Bares de solidão,

Festas sem alegria,

Bebedeiras sem memória.

Choro de crianças esquecidas,

Sorte efêmera, morte certa,

Sexo sem amor, sentimentos vazios.

Lua escondida, estrelas apagadas,

Dor sem cura, chagas abertas.

Promessas quebradas, pessoas descartáveis,

Artes comerciais, capitalismo voraz,

Culpa e sangue nos jornais.

Até este poema, um eco trivial.

Will Guará
Enviado por Will Guará em 28/12/2024
Código do texto: T8228747
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.