O Garoto Da Favela Pt.1
Em obsoletos versos,
Venho contar uma poesia.
É a história de um garoto
Que na favela vivia.
O menino não tinha muito,
Tudo o que tinha era um teto
Que o abrigava noite e dia.
E, apesar de todo sufoco,
Sua contagiante alegria.
Apesar de ter um teto,
Não se pode chamar teto de lar.
O pobre e alegre garoto, quando sozinho,
Punha-se frequentemente a chorar.
O que ardia-lhe o peito
Era apenas propósito,
Sonho e ação, o menino era dedicado,
Mas, sem rumo, sem direção.
Anos mais tarde, garoto virou rapaz,
Conquistou seu cantinho
Que enfim pode chamar de lar.
Mas, mesmo assim, o peso da vida não quis lhe poupar.
Agora sustenta duas filhas pequenas,
Um jovem sozinho,
Carregando no peito o peso da ausência,
Pois a vida lhe arrancou a mulher amada de seus braços, sem prudência.
Certo dia, em oração,
O rapaz aos prantos com devoção,
Perguntou do fundo do coração:
Deus, meu Pai do céu,
Quando minha sorte vai mudar?
Tenho duas filhas para criar,
Contas a pagar,
e compromissos a zelar.
Me dê força, me ajude a lutar,
Sinto meu mundo desabar.
Por favor, mostre-me o caminho a trilhar,
Dê-me coragem para continuar.
Que o amor por elas me guie,
E sua luz mostre-me o caminho certo a se trilhar.