Sendo, sou...
Sou o que de fato, nem sei.
Sou o que ainda procuro ser....
Sou a metade daquela minha outra metade de tantas outras metades....
Sou a imperfeição em busca do reconhecimento do que ainda me transformarei....
Sou aquela fase, de todas as luas,
que, por mais que mude,
volta ao início do que lhe é por natureza....
Sou a bela flor,
que necessita de ser regada pelo orvalho das manhãs....
Sou um instante que aconteceu tão breve que,
por um segundo do tempo,
passou tão rápido,
que se torna impossível registrar sua presença....
Sou a brisa a roçar por tantos lugares,
a arrepiar a pele,
bagunçar os cabelos,
a trazer sensação de liberdade ao seu receptor
Sou um um ser inacabado,
cheio de transformação,
mudanças,
começos,
fins,
inícios...
Sou o que sou hoje,
amanhã posso não ser quem fui ontem.
Sou a chegadas e partidas,
as idas e vindas que a vida dá...
Sou o que poderia ser,
sou o que não serei jamais,
sou o que talvez nunca venha a saber...
Sou a história que tentei escrever,
as muitas palavras que rabisquei na folha em branco da minha existência.
Sou o que fiz de mim,
mas também sou o que me fizeram ser...
Sou o que acreditam saber o que sou,
sou o que ninguém saberá que sou...
Sou o que me moldou ser o que sou até o presente momento.
Sou o que construí,
reconstrui várias e várias vezes.
Sou a rima sem sentido,
desconexas de uma poesia qualquer...
Sou várias,
sou única.
Sou o verbo ser,
sendo sou um sujeito oculto,
sou um ser...
... um ser humano.