Vergonha

No silêncio da minha alma envergonhada,

Oculto os sentimentos que me consomem,

Recolho-me ao abrigo da madrugada,

Embaraçado, porém, sigo em passos sem nome.

Tenho vergonha, sim, de me desnudar,

De expor ao mundo meu íntimo ser,

Medo de julgamentos que possam chegar,

Deixando marcas difíceis de esquecer.

Na dança das palavras, meus sentimentos se escondem,

Sutis e delicados, como pétalas ao vento,

Temo que a exposição os torne frágeis,

Que sejam pisados, mal compreendidos, ao relento.

Mas, no fundo, essa timidez me aprisiona,

Impede-me de viver plenamente,

Cria barreiras, muros, uma redoma,

Que me afasta da conexão verdadeiramente.

Porém, hoje ergo minha voz, sem temor,

Decido romper com a vergonha que me assombra,

Pois é na autenticidade que encontro valor,

E na entrega dos sentimentos que a vida se renova.

Desnudo-me diante da existência,

Aceito a vulnerabilidade que trago em mim,

Pois só assim serei capaz de verdadeira essência,

E encontrar a plenitude que anseio sem fim.

Quebrarei as amarras do medo e da vergonha,

Deixarei os sentimentos fluírem sem receio,

Pois a vida é uma sinfonia a ser entoada,

E minha voz merece ecoar, mesmo que em tom sereno.

Assim, libertando-me das correntes do silêncio,

Desvendo o poder dos sentimentos ocultos,

Descubro o brilho em cada sincero gesto,

E encontro a coragem de ser autêntico, em resultados incultos.

Que a vergonha se dissipe em cada verso,

E que a emoção ganhe voz e encanto,

Pois ao expressar o que sinto, me faço imerso,

Em um universo de amor e encantamento, terno e Santo.

Dutz
Enviado por Dutz em 20/12/2024
Código do texto: T8223693
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