Silêncio da razão
Contrariando a lógica cartesiana
Melhor que pensar é sentir
Oco de ideias o tolo inflama
Engole à seco o prazer de sorrir
Poderia gritar mas prefiro estar mudo
Atrás de um escudo silente e sagaz
A paz que nem quero precede o absurdo
Suas mãos de veludo hão de me desarmar
Não ficarei no meu canto
Ajoelhado ao pranto
Contando lágrimas no chão
Calar a voz é revelar o infanto
Implorando o milagre de um santo
Sem dar voz à razão