A ti, poeta

Jogaste palavras

Elas... tão acertadas

Nas letras

Silabando sussurros

Ornando sentires

Doendo no peito

Dorido de paixões...

Não escreves sem intento

Mesmo que negues

Sabes do que falas

Até as letras sorriem

Quando teu peito arfa

Desarmado

Em combate ao ardor

Esse sentir pleno

Sentido

Apregoado de calor

Ante um nó atado

Crivo a te prender

(Nós, na verdade)

Alvo certo, na carne ...

Jogaste palavras

Ao papel

Ao coração

Que sente

Aos sonhos constantes

Desassossego que mata

Tudo menos a solidão...

Vêm elas emblemáticas

Calam a voz no peito

Refletem

Replicam

E o coração, coitado!

Descompassa atordoado

Um degredo pr'esse amor.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 17/12/2024
Código do texto: T8221083
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