A ti, poeta
Jogaste palavras
Elas... tão acertadas
Nas letras
Silabando sussurros
Ornando sentires
Doendo no peito
Dorido de paixões...
Não escreves sem intento
Mesmo que negues
Sabes do que falas
Até as letras sorriem
Quando teu peito arfa
Desarmado
Em combate ao ardor
Esse sentir pleno
Sentido
Apregoado de calor
Ante um nó atado
Crivo a te prender
(Nós, na verdade)
Alvo certo, na carne ...
Jogaste palavras
Ao papel
Ao coração
Que sente
Aos sonhos constantes
Desassossego que mata
Tudo menos a solidão...
Vêm elas emblemáticas
Calam a voz no peito
Refletem
Replicam
E o coração, coitado!
Descompassa atordoado
Um degredo pr'esse amor.