Filho meu

Filho meu, ouve o lamento do céu,

O sacrifício de Cristo, o amor que se deu,

Na cruz, Ele ensinou o perdão e a dor,

Mas tu ainda te perdes, sem ver o amor.

O sangue de Cristo derramado por ti,

Não foi por vaidade, nem por poder, nem por fim,

Foi para que soubesses, para que entendesses,

Que no amor ao próximo a vida floresces.

Mas vejo, filho, tu ainda te apegas

A imagens, a símbolos, a falsas entregas,

Achando que a fé é só o que se vê,

Mas o verdadeiro amor vai muito além de um ser.

Tu adorais o ouro, o poder, o prazer,

Mas esqueces o que é essencial: saber viver.

No dinheiro, na política, no corpo, no querer,

Te perdes de mim, e nem percebes, a sofrer.

Onde está a compaixão, onde está a mão estendida?

Onde está o amor que, na cruz, foi a vida?

Ainda preferes a mentira, a dor sem sentido,

A matar o outro e te achar convencido.

Mas a idolatria, filho, não é só na imagem,

Ela está na mente, no coração, na passagem

Da vida sem sentido, onde o ego é o rei,

Onde se esquece o outro, e a humanidade se desfez.

O amor ao próximo não é mais ensinado,

O perdão não é mais dado, o coração está calado.

Tu não aprendeste, filho, a lição da cruz,

Porque em teu coração ainda falta a luz.

Volta para mim, volta ao caminho,

Deixa a mentira, abandona o espinho,

Ame, perdoe, seja compaixão,

E só assim encontrarás paz no coração.

Wilker de vasconcelos silva
Enviado por Wilker de vasconcelos silva em 01/12/2024
Código do texto: T8209215
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