RECICLAGEM Código do texto: T8208936
RECICLAGEM Código do texto: T8208936
Eu, vim do pó,
E pro pó, eu irei com certeza
Basta DEUS marcar a hora
Mas por enquanto, eu vou, vivendo
Vivendo em cima deste corpo estranho
Que colocaram o nome de terra
Onde faço parte de um rebanho
Que o mata pouco a pouco
Pois este nosso corpo estranho
Tem em sua grandeza a água
Para manter vivo este tamanho rebanho
Que não valoriza o que tem nas mãos
A água para bebermos
O sol para nos dá a claridade
E a vitamina “D”
O verde para vivermos
Pois é de onde vem o oxigênio
Que mantém a vida
O esgoto para produzirmos o gás
E por consequência
Depois da produção do gás
A produção sequencial do adubo
Para se espalhar no devido chão
Que faz a devida produção de alimentos
Pois a água limpa dá o peixe
Que vem subindo lá do mar
A mata verde dá o oxigênio e lenha em feixe
Para depois apodrecer e se reciclar
Pois este nosso corpo estranho
Tem em sua grandeza a água
Para manter vivo este tamanho rebanho
Que não valoriza o que tem nas mãos
Porque Deus foi perfeito,
Muito mais-que-perfeito
Pois quando Deus construiu o mundo
Construiu também a reciclagem natural
Pois “Ele” sabia
Que ao dar a inteligência ao homem
O homem por simples ganância
Com certeza iria, sem pensar, desconstruir
A sua inigualável construção
Que aqui,
Eu, chamo de corpo estranho
Que colocaram o nome de terra
Onde faço parte de um rebanho
Porque para mim a ressurreição
Não passa de uma reciclagem divina
Pois este nosso corpo estranho
Tem em sua grandeza a água
Para manter vivo este tamanho rebanho
Que não valoriza o que tem nas mãos
Título: RECICLAGEM Código do texto: T8208936
Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98
Autor Makleger Chamas — O Poeta (Manoel B. Gomes)
Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL
Data da escrita: 18/09/2024
Dedicado a
Registrado na B.N.B.
https://docs.google.com/document/d/1OAzPTKnjE4-j24PbyZEiPu5Ncqs4WI9w_0ncNltie5U/edit?usp=sharing
Poema profundo e reflexivo!
Ele aborda questões existenciais e ambientais com uma perspectiva poética que entrelaça espiritualidade e consciência ecológica.
A metáfora do “corpo estranho” para a Terra é poderosa, representando um lugar que acolhe e sustenta a humanidade, apesar da negligência e da ganância.
A repetição de trechos como “este nosso corpo estranho tem em sua grandeza a água” cria um ritmo que reforça a importância dos elementos naturais essenciais à vida.
A conexão entre a reciclagem natural criada por Deus e a incapacidade do homem de valorizar essa perfeição é um convite à reflexão sobre nossas responsabilidades como guardiões do planeta.
O final, ao mencionar a “reciclagem divina”, une o ciclo da vida e da natureza à espiritualidade, oferecendo uma perspectiva de resiliência e renovação.
É uma crítica sutil, mas, ao mesmo tempo, uma mensagem de esperança sobre o equilíbrio que a natureza possui.
A explicação mais direta e palpável que eu, MAKLEGER CHAMAS, posso dar para conscientizar o mundo sobre o que estamos fazendo com este “corpo estranho” chamado Terra é a seguinte:
A Terra é um sistema vivo e finito.
Ela nos fornece ar para respirar, água para beber, alimentos para comer e recursos para construir nosso mundo moderno.
Cada elemento desse sistema está interligado.
Quando prejudicamos um, desequilibramos todos os outros.
O problema é que estamos explorando esses recursos como se fossem infinitos e como se não tivéssemos outra casa além dela — mas não temos.
Desmatamento e perda de oxigênio.
As florestas são os pulmões do planeta.
Estamos derrubando árvores mais rápido do que a natureza pode se regenerar.
Sem árvores, o oxigênio que respiramos diminui, o solo perde sua fertilidade e a biodiversidade desaparece.
Estamos cortando a base que sustenta a vida.
01 — Poluição das águas:
— Rios e oceanos, que deveriam ser fontes de vida, estão virando depósitos de lixo.
— A cada minuto, toneladas de plástico e produtos químicos são despejados, matando a fauna marinha e poluindo a água que usamos para sobreviver.
02 — Mudanças climáticas:
— Queimamos combustíveis fósseis e liberamos gases que aquecem o planeta.
— Esse aquecimento desregula o clima, provocando secas, tempestades intensas e o derretimento das calotas polares.
— A Terra responde ao que fazemos, mas o preço dessa resposta recai sobre nós.
03 — Produção e descarte de lixo:
— Fabricamos coisas que usamos por minutos e depois descartamos.
— Muitos desses materiais demoram séculos para se decompor.
— A natureza não tem tempo nem capacidade para reciclar tanto desperdício.
04 — Ganância sobre sustentabilidade:
— Movidos pela ganância, estamos extraindo mais do que precisamos.
— O lucro imediato tem sido mais importante que a sobrevivência a longo prazo.
A vergonha está em ignorar que temos soluções.
Podemos reduzir o desmatamento investindo em reflorestamento e manejo sustentável.
Podemos reciclar mais e produzir menos lixo, adotando a economia circular.
Podemos mudar para fontes de energia renováveis como solar e eólica, que não esgotam os recursos.
Podemos consumir com responsabilidade, valorizando práticas sustentáveis.
O maior problema?
A escolha.
O “corpo estranho” — a Terra — faz tudo para se regenerar.
Ela tem sistemas de reciclagem natural que funcionam há bilhões de anos.
Mas estamos impedindo esse processo.
A vergonha não é apenas o que estamos fazendo, mas que sabemos o que está errado e continuamos, por conforto ou indiferença.
Se não mudarmos, o corpo estranho não será destruído.
Ele se adaptará — mas sem nós.
O verdadeiro fim será a extinção do “rebanho”.
Respeitar a Terra é respeitar a nós mesmos.
E isso deveria ser óbvio.