Em Silêncio, Amando a Distância

Num vale de casas, onde o tempo se arrasta,

Mora um sonho, em olhos que a noite não basta.

Ela, flor que ilumina a rua cinzenta,

Ele, um poeta tímido, preso em sua mente.

Atrás da janela, um olhar que se esconde,

Um coração que pulsa, mas a voz se responde.

Palavras presas em versos que não saem,

Medo de ferir, de se aproximar demais.

Em um mundo frenético, onde o toque se perdeu,

Um simples olhar pode ser mal interpretado,

E o amor, antes leve, agora se tornou um fardo,

A liberdade, um refúgio tão desejado.

Ela, que um dia o convidou para sair,

Encontrou um não, frágil como papel.

Um avô com Alzheimer, a TV a unir,

E a solidão, um amor que ele não pode quebrar.

E assim, a vida segue, em um eterno vai e vem,

Entre o querer e o dever, o sonho e o que tem.

O amor, aprisionado em versos e silêncios,

Floresce e murcha, em um coração sem licenças.

Mas em cada noite, a lua é sua testemunha,

E as estrelas, cúmplices de sua poesia.

Pois amar em silêncio, é uma arte sublime,

Um refúgio seguro, em um mundo tão conturbado.

José Pedrinho e Felipe Oliveira e IAM GEMINI
Enviado por José Pedrinho em 27/11/2024
Código do texto: T8206976
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