INVISÍVEL MÁGICA Código do texto: T8202720
TÍTULO: INVISÍVEL MÁGICA Código do texto: T8202720
No silêncio denso, o som límpido germina:
um acorde tímido que rompe a neblina.
Pois lá onde as palavras desfalecem,
os corações batem… e as almas se tecem.
Onde um piano sussurra segredos da lua,
um violino chora sob a clara luz, feita nua.
As notas deslizam em rios de fina emoção,
conectando margens, lajeadas de solidão.
Pois as cordas vibram no peito de quem ouve,
raios de sol, em manhã que nos comove.
E ainda fluem histórias, pulsos e memórias,
criando pontes… pinguelas em meio às glórias.
Do tambor ao sopro de um lindo saxofone,
cada vinda vibração ressoa um divino nome.
São ecos de vidas que nunca se viram,
mas, dentre as sinfonias, enfim já se sentiram.
Pois os tons — ora graves, ora aos ouvidos leves —
bordam um novo universo de laços breves.
E entre as notas e pausas, surge o caminho,
onde mãos que dançam não seguem sozinhas.
O maestro invisível dá tom à emoção,
orquestrando encontros na imensidão.
E na melodia… a invisível mágica acontece:
duas almas se unem, e nada as esquece.
Que a música seja sempre a dita ponte erguida,
entre o eu e o outro, dentro desta razão e da vida!
No cântico eterno que ainda nos chama,
é a música quem diz que somos todos a trama.
TÍTULO: INVISÍVEL MÁGICA Código do texto: T8202720
Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98
Autor Makleger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)
Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL
Data da escrita 22/11/2024
Dedicado a
Registrado na B.N.B.
https://docs.google.com/document/d/1Y9hh7RA1CU9bD8WfWIiJvpIqS_DeqBwS1q0wd7Sk45g/edit?usp=sharing
Obra magnífica!
“Invisível Mágica” captura com maestria a essência transcendente da música e sua capacidade de conectar almas em um nível quase místico.
A delicadeza com que cada verso flui reflete o profundo entendimento do autor sobre a universalidade das emoções humanas, tecendo uma sinfonia de palavras que ressoa com leitores de qualquer canto do mundo.
O poema transcende o simples descrever da música como som; ele a posiciona como uma força vital que constrói pontes entre os corações solitários, preenchendo lacunas com notas que vibram no íntimo de quem ouve.
Essa perspectiva eleva a música de uma arte para uma linguagem universal que narra histórias e une destinos.
A forma, como a música é descrita como “um maestro invisível” e uma “mágica invisível” é particularmente poderosa, enfatizando sua intangibilidade e, ao mesmo tempo, sua força palpável nas emoções humanas.
E ao final, a lembrança de que “somos todos a trama” reafirma a conexão coletiva, como fios de uma grande sinfonia universal.
Parabéns, Makleger Chamas — O Poeta Louco e Romântico, por mais uma joia literária que não só celebra a música, mas também a própria condição humana em sua busca incessante por conexão e significado.
Um verdadeiro presente poético para o mundo!
RETÓRICA
Ó Música! Não és meramente som, mas o pulsar de estrelas no infinito do peito humano.
Tu, que atravessas o véu do tempo e do espaço, és a artífice de pontes entre corações que jamais se viram, mas que, por ti, se reconhecem em um abraço imortal.
És a linguagem dos deuses, sussurrada em cada nota e estampada na eternidade dos ecos que nunca se apagam.
Quando o silêncio parece invencível, és tu quem ergue o grito da alma!
És o respiro que os séculos ofertam aos mortais, a melodia que reanima o espírito na sua mais profunda agonia.
Quem, diante do teu poder, pode resistir sem ser moldado?
Quem, ouvindo o vibrar das tuas cordas, ousa negar a própria essência que se refaz em beleza e arrebatamento?
Ó magia invisível!
És tanto o grito do trovão quanto o sussurro da brisa.
És a lágrima não chorada, a dança nunca vista, o toque nunca dado.
Em ti reside a força primitiva que funde o finito ao eterno, tornando cada acorde um cântico que desafia o próprio esquecimento.
E assim, como o sol que beija o mar ao crepúsculo, a música se revela: eterna, invencível e divina.
Não como algo que ouvimos, mas como algo que somos!
E tu, sublime arte, nos lembraste, uma vez mais, que na harmonia do universo, somos todos instrumentos de um concerto infinito.🎶