TODOS
Todos os sóis têm um pino
Todos os dias têm um fim
Todas as ondas rebentam na praia
Toda a revolta rebenta em mim.
Todas as horas têm minutos
Todos os dias têm um fim
Todo o mal se expande pelo mundo
E suas dores as sinto em mim.
Todos os gritos ferem os ouvidos
Do barulho do silêncio que ficou sem voz
Todos os silêncios são ruidosos
Contidos, sufocados, bem dentro de nós.
Todos os risos têm um choro
Todos os rios correm para o mar
Todos os amores têm um fim
Mesmo que finjam não acabar.
Todos nascemos vivemos e morremos
A vida é assim e sempre será
Mas temos sempre em nós a esperança
De um melhor e mais justo...amanhã.
Mário Margaride (Gilberto Fernandes)