UM GRITO DE IGUALDADE

Nas ruas largas, o povo a passar,

Olhares baixos, sem lugar pra sonhar.

Nos empregos, a luta, um chão desigual,

Enquanto a elite vive em seu carnaval.

Na escola, o sonho, mas a porta é cerrada,

Saberes negados, a mente calada.

Cores que se misturam, mas só na ilusão,

O negro, à margem, sem sua posição.

Saúde distante, um grito abafado,

Nos postos vazios, o corpo cansado.

Doença é um peso que a vida carrega,

E a esperança, frequentemente, se entrega.

Na cultura, um eco de vozes perdidas,

Histórias que falam de lutas vividas.

Mas em cada canto, um samba a brotar,

Um ritmo forte, que insiste em ficar.

A moradia, um sonho, um lar sem abrigo,

Favelas que gritam, onde o medo é amigo.

Entre muros altos, o povo resiste,

A força da vida, um amor que persiste.

O trabalho escasso, a vida em tensão,

Desigualdade crua, dor no coração.

Mas surge a esperança, como um novo dia,

Unindo as vozes em busca de harmonia.

Se cada um luta, se todos se erguem,

A mudança é possível, o futuro se seguem.

Na educação plena, o saber é poder,

E juntos, construímos um novo viver.

Que a saúde chegue a todos, sem exceção,

E a cultura floresça na mesma canção.

Um Brasil que se une, em amor e em razão,

Desigualdade vencida, um só coração.