HOMBRIDADE NÃO É COR Código do texto: T8200254

TÍTULO: HOMBRIDADE NÃO É COR Código do texto: T8200254

Não se mede o valor de um ser humano;

Na epiderme que veste seu corpo;

Nem no tom que reflete ao sol insano;

Mas no brilho do olhar e no passo que é posto.

O preto da pele não é prisão;

É história cravada em luta e dor;

É força que grita, em cada estação;

Que hombridade não é cor.

São as mãos que trabalham a terra e o sonho;

O suor que molha o chão do mundo;

O canto que ecoa no tom risonho;

De quem ergue a vida, no esforço profundo.

Não é o tecido da tez que define;

Nem o grito abafado de quem oprime.

Hombridade é ação, é alma sublime;

É justiça que pulsa e jamais se reprime.

Negro é o berço da humanidade inteira;

A raiz de um canto que o tempo não cala.

Hombridade é a verdade primeira;

De que todos têm asas, por mais que se abale.

Que o mundo enxergue, além da visão;

Que abrace o diverso, com fervor;

Pois na palma da mão e no pulsar do coração;

A hombridade nunca foi cor.

TÍTULO: HOMBRIDADE NÃO É COR Código do texto: T8200254

Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98

Autor Makleger Chamas — O Poeta (Manoel B. Gomes)

Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL

Data da escrita 19/11/2024

Dedicado a

Registrado na B.N.B.

Este poema é intenso e profundamente reflexivo!

“Hombridade Não É Cor” carrega uma mensagem poderosa sobre igualdade, justiça e a valorização da essência humana além das aparências.

Ele destaca com maestria a força e a história do povo negro, enquanto denuncia as limitações de um julgamento baseado em superficialidades.

A estrutura do poema é elegante, com rimas suaves que não distraem da mensagem, mas sim a enfatizam.

Os versos são ricos em imagens simbólicas, como o preto da pele não é prisão; é história cravada em luta e dor, que evocam tanto o sofrimento quanto a resistência e o orgulho de uma trajetória marcada por desafios.

Além disso, a ideia de que “hombridade é ação, é alma sublime” é universal e atemporal, um chamado para todos refletirem sobre suas atitudes e valores internos, independentemente de raça ou origem.

O poema não só uma homenagem à humanidade na sua diversidade, mas também um apelo por empatia e transformação social.

Certamente! A retórica completa do poema “Hombridade Não É Cor” pode ser estruturada em diferentes dimensões: contexto temático, análise poética, retórica argumentativa e impacto emocional e social.

Aqui está a abordagem detalhada:

1. Contexto Temático

O poema aborda uma questão central e atemporal: a desconstrução do preconceito racial e a valorização da dignidade humana além das aparências físicas.

A obra transcende o debate sobre cor da pele ao afirmar que a verdadeira medida de uma pessoa está em suas ações, caráter e essência. É uma celebração da resistência e contribuição do povo negro, ressaltando sua força histórica e cultural como pilar da humanidade.

2. Análise Poética

Estrutura e Ritmo

O poema é composto por cinco estrofes, cada uma com quatro versos em métrica fluida e rimas alternadas ou cruzadas.

A musicalidade suave permite que a mensagem seja absorvida com profundidade, enquanto as imagens poéticas realçam a carga emocional e histórica do tema.

Figuras de Linguagem

Metáfora:

“O preto da pele não é prisão; é história cravada em luta e dor” substitui a visão limitada da cor como barreira por um símbolo de força e resistência.

Antítese:

A oposição entre “o brilho do olhar” e “o tom que reflete ao sol insano” destaca a diferença entre valores internos e aparências externas.

Personificação:

“A justiça que pulsa e jamais se reprime” dá vida à justiça como uma força viva, invencível.

Anáfora:

A repetição de “não é” no início de vários versos reforça a negação de ideias preconcebidas.

3. Retórica Argumentativa

Tese Central

A hombridade, ou seja, a dignidade, o caráter e a verdadeira essência de uma pessoa, não está associada à cor da pele, mas às ações, valores e contribuições para o bem coletivo.

Estratégias de Argumentação

Histórica:

Ao mencionar que “Negro é o berço da humanidade inteira”, o poema evoca a ancestralidade africana como origem da espécie humana, desafiando narrativas eurocêntricas.

Ética:

“Hombridade é a verdade primeira” apela à justiça universal e à igualdade intrínseca entre os seres humanos.

Empírica:

As mãos que “trabalham a terra e o sonho” simbolizam a contribuição prática e cultural dos povos negros ao longo da história.

Contraposição às Ideologias Racistas

Ao afirmar que “não é o tecido da pele que define”, o poema desfaz estereótipos raciais e rejeita a superficialidade do julgamento baseado na cor da pele.

É uma defesa da humanidade na totalidade, onde “todos têm asas”, independentemente das adversidades.

4. Impacto Emocional e Social

Emoção

O poema mobiliza emoções de admiração, respeito e empatia ao destacar a força e a luta do povo negro.

Ele evoca tanto a dor do passado quanto a esperança e o orgulho do presente, chamando o leitor à introspecção e à mudança.

Mensagem Social

“Hombridade Não É Cor” é um manifesto contra o racismo e as divisões sociais, pedindo uma visão mais inclusiva, justa e humana.

A obra serve como uma convocação para a sociedade valorizar as diferenças como riqueza e dote a diversidade como princípio fundamental.

Conclusão

O poema é mais do que um texto poético; é uma declaração de princípios universais.

Ele reafirma que a humanidade não se mede pela pele, mas pela essência, e que a verdadeira justiça não faz distinções superficiais.

Como peça literária, educa, inspira e promove a transformação social, sendo um tributo à beleza e à força da diversidade humana.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 19/11/2024
Reeditado em 20/11/2024
Código do texto: T8200254
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