Destino Proibido

Olho para baixo e vejo todos os caminhos

Desenhados até você

Alguns desenhados por mim

Outros pela sua pessoa

Porém a maioria desenhados por aquele

Que escreve, desenha e roteiriza

Meu destino

As pessoas o anunciam

Como se fosse um evento inevitável

Ponto final celebrável

Chegada amável

Resultado adorável

Mesmo desejado

Por outros

Por você

Por mim

Eu o temo

Tal qual tememos

O fim do bater de nossos

Corações

Junto com o fim do correr

Dos ponteiros

De nossas histórias

Temo porque apesar de ser brilhante

Tenho medo de ser quebrável

Como vidro na primeira turbulência

Ao invés de ser robusta

Igual platina

Preciso sufocar isso que sinto

Mesmo que grite e chore por ar

Antes que me assombre com a dúvida

Se eu vou me arrepender de abdicar do meu

Destino ao me deitar em minha última cama

Esta abaixo da terra

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 18/11/2024
Código do texto: T8199475
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