Vidas Secas de Graciliano Ramos

Dentre belos versos me comprazo em contar

Que um dia fui convidada a uma vida

experimentar

E essa vida era de pobres retirantes procurando

sobreviver

Na seca do Nordeste uma vida estabelecer

Mas primeiro, procuravam um lugar para viver

Na seca do sertão só se via vermelhidão

De catingueiras a carcaças era o que havia

Foi vítima coitado o papagaio da família

Que por precisão da fome foi sacrificado

Em jus do sustento de mais um dia

Eram cinco viventes

Que não se denominava como gente

Mas como bichos inconvenientes

Que viviam perambulando pela terra seca de um

sol ardente

Do grupo se destacava a mais humanizada

Não digo que era humana, pois não era

Era uma cachorra, Baleia

Provedora e protetora nos tempos de escassez

Vivia feliz, mesmo com a falta de felicidade

Assumindo a responsabilidade da vida no

sertão nordestino

Não se pode deixar de falar da pobre situação

em que viviam

Tão longe da humanidade, mas eram o que

tinham

Porquanto viviam e viviam com a esperança

que dias melhores teriam

Amandaluster
Enviado por Amandaluster em 17/11/2024
Reeditado em 17/11/2024
Código do texto: T8198801
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