Vidas Secas de Graciliano Ramos
Dentre belos versos me comprazo em contar
Que um dia fui convidada a uma vida
experimentar
E essa vida era de pobres retirantes procurando
sobreviver
Na seca do Nordeste uma vida estabelecer
Mas primeiro, procuravam um lugar para viver
Na seca do sertão só se via vermelhidão
De catingueiras a carcaças era o que havia
Foi vítima coitado o papagaio da família
Que por precisão da fome foi sacrificado
Em jus do sustento de mais um dia
Eram cinco viventes
Que não se denominava como gente
Mas como bichos inconvenientes
Que viviam perambulando pela terra seca de um
sol ardente
Do grupo se destacava a mais humanizada
Não digo que era humana, pois não era
Era uma cachorra, Baleia
Provedora e protetora nos tempos de escassez
Vivia feliz, mesmo com a falta de felicidade
Assumindo a responsabilidade da vida no
sertão nordestino
Não se pode deixar de falar da pobre situação
em que viviam
Tão longe da humanidade, mas eram o que
tinham
Porquanto viviam e viviam com a esperança
que dias melhores teriam