O VAZIO DA ALMA

Hoje olhei dentro de mim,

E nada encontrei,

Nem raiva, nem aflição,

Nada além do vazio a pesar.

Um silêncio profundo,

Apenas o desejo de seguir,

Nas palavras que fluem,

Sem vontade de resistir.

Mas, para não mentir,

Senti o calor,

Quis mergulhar na água,

Lavar o temor,

Deixar para trás o passado,

As sombras e o pranto,

Que o vazio se apague,

Com o frescor do encanto.

Olhar a dor alheia é fácil,

Mas em mim, o vazio é imenso.

A minha se esconde, sem rastro,

No fundo, onde o silêncio é denso.

O nada me cobre, me cala,

E o mundo lá fora responde.

Mas ao me olhar, só vejo a falha,

E o silêncio que em mim se esconde.

E assim sigo, sem rumo certo,

Com o vazio a me guiar,

Mas no fundo, ainda desperto,

A esperança a se renovar.

Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 11/11/2024
Reeditado em 11/11/2024
Código do texto: T8194775
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