Emoção drummondiana
Ah, quisera eu escrever um soneto
Que coubesse a emoção drummondiana
Emoção de um filho, cuja mãe foi embora.
E em um madrigal lúgubre, deu adeus a quem ama.
Ah, Drummnond, com suas retinas fatigadas
Vê tantas pedras no meio do caminho.
Vê bondes que passam cheio de pernas.
Mas se encontra no mundo sozinho.
Ah, Drummond, solidário a José.
O mundo é pesado, José.
Mas os ombros suportam o mundo.
Ah, Drummond, que mundo injusto é esse!
Nessa quadrilha de sentimentos efêmeros,
Só escapa quem não está na história.