Emoção drummondiana

Ah, quisera eu escrever um soneto

Que coubesse a emoção drummondiana

Emoção de um filho, cuja mãe foi embora.

E em um madrigal lúgubre, deu adeus a quem ama.

Ah, Drummnond, com suas retinas fatigadas

Vê tantas pedras no meio do caminho.

Vê bondes que passam cheio de pernas.

Mas se encontra no mundo sozinho.

Ah, Drummond, solidário a José.

O mundo é pesado, José.

Mas os ombros suportam o mundo.

Ah, Drummond, que mundo injusto é esse!

Nessa quadrilha de sentimentos efêmeros,

Só escapa quem não está na história.

Maria da Ajuda Laranjeiras
Enviado por Maria da Ajuda Laranjeiras em 08/11/2024
Código do texto: T8192462
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