CHAGAS DO PASSADO, AINDA VIVAS
Chagas do passado, feridas eternas,
Traumas que ecoam nas almas em luto,
Injustiças cravadas em vidas modernas,
Sombras que dançam em um mundo absoluto,
Mesmo após correntes que o tempo desfez,
A dor persiste, em cada um, talvez.
Ecos de gritos, memórias a arder,
Rastros de opressão que o vento não leva,
Impactos profundos que não vão morrer,
Na pele e na mente, a história se atreva,
A desigualdade, qual sombra a rondar,
Um ciclo vicioso, a nos atormentar.
Desigualdade racial, um fardo pesado,
Pobreza que oprime, exclusão social,
E o peso da história, um fardo sagrado,
Que clama por mudanças, um grito real,
A memória coletiva, um tesouro a zelar,
Para que as lições do passado façam brilhar.
Em cada esquina, a dor que ressoa,
Reflexo de vidas que anseiam por paz,
E a luta incessante, que nunca esmoreça,
Um chamado à ação, que em nós se faz,
A construção de um futuro, a meta a alcançar,
Onde a igualdade floresça, um novo lar.
É preciso lembrar, enfrentar a verdade,
A história nos ensina, não há como negar,
Que as chagas do passado exigem humildade,
E um esforço constante para nos transformar,
A cura das almas, o amor a semear,
Fraternidade e justiça, juntos a lutar.
Caminhos de esperança em meio à dor,
Renovação que brota do solo marcado,
E a força de um povo que clama por amor,
Renasce na luta, nunca calado,
Pois cada voz unida é um ato de fé,
Um grito por vida, por um amanhã de pé.
Reverberam ecos de um tempo sombrio,
Mas a luz da consciência se faz resplandecer,
Um futuro de igualdade, um sonho tardio,
Que brota das chagas, e começa a crescer,
A dor se transforma em canto de liberdade,
E a esperança ressurge em cada verdade.
Assim, no compasso de um novo amanhecer,
As chagas do passado, em nós, a pulsar,
Exigem reflexão, um convite ao viver,
A história, um guia, a nos iluminar,
Que possamos, juntos, a paz cultivar,
E um mundo mais justo, por fim, alcançar.