Consciência
Não queiras que te entendas.
Minhas crises já me ocupam.
O milagre que esperas,
Dele já desiludi.
Cansado de buscar,
Aceitei a minha sina.
Já não tenho sofrimento;
Tudo em mim se congelou.
Acostumado com o não,
O sim já não importa.
A porta que se fecha
Escolhe, por mim, a opção.
Se o dia me ofusca,
Com sua devassidão,
A noite me acolhe,
Sem cobrança nem juízo.
Eu sou, querido amigo,
A própria negação.
Não me desdenhes;
Ilumina a tua escuridão.