Silencioso desgaste

Não foi brusco, foi um silencioso desgaste,

Esquecimentos e ausências, decretaram o fim,

Antes, nosso amor era vivo e vibrante,

Agora tornou-se chato e entediante.

Nossos olhos se abriram para as lacunas,

Então a frustração, apossou-se de nós,

À medida que o tempo passou,

O nosso amor prescreveu e desmoronou.

Entre nós, faltou carinho e curiosidade,

Em nossas escolhas diárias, deixamos o nosso amor de lado,

A rotina e o silêncio, de nós se apossaram, nos perdemos,

Com tantos descuidos, alcançamos o cúmulo dos desencontros.

Nossas versões já não se reconhecem,

Nossos abraços, outrora românticos, repousantes,

Pela falta de coragem, pelo não enfrentamento,

Um ao outro, tornarmo-nos estranhos, repugnantes.

Deixamos de priorizar o toque e a palavra, então,

O nosso amor chegou ao fim, sem brigas, sem alarde,

Restaram o vazio, o luto silencioso e a saudade,

De um amor que poderia ter sido grande de verdade.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 04/11/2024
Código do texto: T8189465
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