Silencioso desgaste
Não foi brusco, foi um silencioso desgaste,
Esquecimentos e ausências, decretaram o fim,
Antes, nosso amor era vivo e vibrante,
Agora tornou-se chato e entediante.
Nossos olhos se abriram para as lacunas,
Então a frustração, apossou-se de nós,
À medida que o tempo passou,
O nosso amor prescreveu e desmoronou.
Entre nós, faltou carinho e curiosidade,
Em nossas escolhas diárias, deixamos o nosso amor de lado,
A rotina e o silêncio, de nós se apossaram, nos perdemos,
Com tantos descuidos, alcançamos o cúmulo dos desencontros.
Nossas versões já não se reconhecem,
Nossos abraços, outrora românticos, repousantes,
Pela falta de coragem, pelo não enfrentamento,
Um ao outro, tornarmo-nos estranhos, repugnantes.
Deixamos de priorizar o toque e a palavra, então,
O nosso amor chegou ao fim, sem brigas, sem alarde,
Restaram o vazio, o luto silencioso e a saudade,
De um amor que poderia ter sido grande de verdade.