Charuto, whisky e fumaça
A brasa se acendeu
Um pouco de whisky pra acompanhar
O corpo já amoleceu
Puxando a fumaça e soltando pelo ar.
Refletindo sobre vida
Lembrando de problemas e dificuldades
Molhando o paladar com a cabeça erguida
Vivendo entre mentiras e jogando com verdades.
A fumaça se dissipa e eu posso ver
Tudo o que passei me trouxe até aqui
Aceitando a vida que decidi viver
Sozinho e solitário serei assim até o fim.
Não posso viver uma vida de amor
O charuto me acompanha com seu amargor.
A solidão é companheira nessa empreitada
Consequência da escolha de uma vida solitária.
No clima frio o whisky vem para aquecer
A noite fria vem descendo e faz estremecer.
O coração se compadece do amor abandonado mas não existe uma cura para um homem condenado.
Não existe opção de caminho a seguir
A vida foi descida antes mesmo de nascer.
Meu destino não foi escolhido por mim
E pela minha família eu continuo a viver.
A fumaça dissipando
O whisky acabou.
Por aqui vou terminando
A brasa apagou.