MEMÓRIAS
O dia passa
suave e não tão
apressadamente.
Nele já coube
o acordar mais tarde,
o supermercado,
o arrumar as coisas
na dispensa,
um bate papo
on-line transmar
e a conversa
em família.
Agora,
pela janela
entreaberta,
vejo o azul
do céu
ao entardecer.
O vento
que balança
a cortina
me avisa
que finda
mais um dia
de finados.
Os amigos
e a ancestralidade
ausentes me invadem
ao anoitecer.
A memória é um gesto
de imortalidade.
O dia
foi leve e lindo…
todos couberam
em mim
e no estado
excepcional
da poesia.