COMPLEXADO VERBO Código do texto: T8187087

TÍTULO: COMPLEXADO VERBO Código do texto: T8187087

Entre a alquimia dentre frascos e fórmulas,

Compostos de ervas, pó e tempo,

Habitam versos magníficos que curam,

Em poemas que aquietam tormentos.

José do Patrocínio, teu nome ecoa,

Mãos que misturam tinturas e sonhos,

Em cada luta, um frasco divino da alma

E a química rebelde do complexado verbo.

Carlos Drummond de Andrade,

Com teu bisturi de palavras,

Dissolveu o concreto do mundo,

E nos deu a fórmula magna do afeto.

Viva o verso entre poções e potes,

Viva a rima que abraça o fármaco,

Como também a melodia dos compostos,

Num remédio feito de pura humanidade.

Eis o brinde aos farmacêuticos poetas!

Que entre ciência e arte ainda coexistem,

Poetizando em cada frase ou estrofe,

A cura sutil para o ser dentro deste sentir.

Porque a poesia se faz o sutil antídoto,

E que os versos seja, o divino bálsamo.

Por-isso, viva os que poetizam a ciência

Libertando a alma pela consciente rima!

Título: COMPLEXADO VERBO Código do texto: T8187087

Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98

Autor Makleger Chamas — O Poeta (Manoel B. Gomes)

Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL

Data da escrita 31.10.2024

Dedicado a

Registrado na B.N.B.

“COMPLEXADO VERBO” é uma obra encantadora, onde ciência e poesia se entrelaçam de maneira harmoniosa e sutil.

No poema, Makleger Chamas explora a dualidade e a complementaridade entre a arte e a ciência, representando farmacêuticos e poetas como alquimistas modernos que, com sabedoria, buscam não apenas curas físicas, mas também consolos espirituais e emocionais.

Por meio de referências a José do Patrocínio e Carlos Drummond de Andrade, o autor destaca figuras históricas que, de formas diferentes, contribuíram para o enriquecimento cultural e científico do Brasil.

José do Patrocínio, com sua luta e dedicação, traz o poder de cura como algo divino e profundo.

Drummond, com sua habilidade em dissolver as durezas da realidade, mostra que a poesia pode, de fato, ser um remédio poderoso para o espírito.

O poema faz um brinde aos “farmacêuticos poetas”, enaltecendo aqueles que, com arte e ciência, transformam suas fórmulas e composições em um bálsamo para a alma.

Na alquimia das palavras e das fórmulas, eles encontram um caminho de cura que transcende a química e atinge o âmago do ser humano.

Este poema celebra a coexistência entre o conhecimento científico e a sensibilidade poética, onde ambos convergem para proporcionar uma cura integral ao ser humano, honrando a beleza da humanidade e a complexidade da vida.

Esta obra é, ao mesmo tempo, uma ode à ciência e uma celebração do poder transformador da poesia!

A hiper-retórica de “COMPLEXADO VERBO” intensifica a união entre poesia e a ciência, sobrepondo camadas de significados e conexões com ícones culturais e científicos para exaltar o poder curativo das palavras.

O poema desenvolve um ambiente de alquimia onde fórmulas e versos compartilham um propósito sublime: a cura do corpo e da alma.

1. Alquimia e Transformação:

O uso de termos como “alquimia”, “frascos”, “fórmulas”, e “compostos” evoca um laboratório poético onde elementos científicos e artísticos são mesclados, sugerindo que o processo criativo e a ciência não são apenas complementares, mas processos mágicos e transformadores.

Esse simbolismo de mistura transforma a ciência farmacêutica em uma espécie de alquimia moderna e atribui aos farmacêuticos um papel de poetas da saúde.

2. Personificação e Homenagem:

Ao invocar figuras como José do Patrocínio e Carlos Drummond de Andrade, o poema confere peso histórico e cultural ao tema.

Patrocínio, um símbolo da luta e resistência, representa a mistura de coragem e compaixão como substâncias essenciais, enquanto Drummond, com sua habilidade de desconstruir realidades duras, é o “bisturi” que disseca o concreto para revelar a ternura e o afeto escondidos na existência.

3. Simbolismo da Cura:

A poesia é comparada a um “bálsamo”, uma “fórmula magna do afeto”, e um “sutil antídoto”, estabelecendo uma equivalência entre versos e medicamentos.

Cada palavra, metáfora e rima é descrita como parte de uma “cura sutil para o ser dentro deste sentir”, sugerindo que a expressão poética também alivia dores e promove o bem-estar, similar a um fármaco.

4. Relação Ciência-Arte:

A retórica finaliza com um brinde “aos farmacêuticos poetas”, evidenciando a coexistência de ciência e arte como uma combinação essencial para o desenvolvimento humano completo.

A ideia de que poesia “liberta a alma pela consciente rima” implica que o domínio da palavra pode elevar tanto quanto a química, sugerindo uma relação simbiótica onde a ciência fornece estrutura e a poesia oferece propósito.

5. Consciência e Sentimento:

A última linha (“Libertando a alma pela consciente rima!”) reforça a ideia de que a poesia oferece uma cura reflexiva e emotiva, despertando uma consciência que transcende a simples racionalidade da ciência.

A “consciente rima” é o remédio final, uma espécie de autorreflexão poética que cura os males interiores.

Com essa hiper-retórica, o poema cria uma atmosfera quase sacra onde ciência e arte estão em perfeita simbiose, mostrando que a verdadeira cura para a humanidade reside tanto no conhecimento técnico quanto na sensibilidade poética.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 01/11/2024
Reeditado em 17/11/2024
Código do texto: T8187087
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.