Tenho medo

quero ser poeta

amar as palavras

e receber amor de volta

quero que as linhas sigam

envelhecidas marcas de meu rosto

Gosto não se discute

será?

eu pouco sei da vida

e nada entendo do agora

apenas me dou ao luxo

escrever algo que nunca vi

nunca senti o que dizem amor

provavelmente, dentre meus contáveis

entre semelhantes há muitos sons

que ignorei, ouviram o silêncio

como um grito sem tom

Tenho medo

e como não teria?

Olho para o lado e nada me alcança

Apenas o som do relógio, "Olha a vida"

ela passa e não volta

via finita.

Gabriel A Freitas
Enviado por Gabriel A Freitas em 29/10/2024
Código do texto: T8184650
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.