Por Trás do Vento
Sobre a vitória do silêncio, o sortilégio no som do vento
e a coragem das palavras que nunca acabam.
Dor de quem se doa sem domínio ou verbo.
Letras de um corpo em fragmentos, vazio de abalos,
sem febres, sem preces, e de alma sendo incêndio.
Compondo o pranto feito um pássaro
pairando no limite entre o delírio e o razoável.
Que no seu canto, faz-se livre ao que arde,
ao que sofre e ao que vive.