Meu desatino

Por que me precipito tanto ao mar,

Como um barco

Que vai ao fundo,

Sem âncora para o prender?

Por que me entrego aos ventos,

Como um pássaro

Que voa tão alto,

Sem as asas que o fazem pairar?

Por que me jogo ao coração,

Como um fogo

Que arde com intensidade,

Mas sem a madeira e carvão?

Por que me deixo levar pela vida,

Como uma jovem sonhadora

Que tanto deseja,

Mas enfrenta uma realidade escura?

Por que sou tão desenfreada?

Eu que tento acreditar

Nas maravilhas escondidas,

Que meus olhos interiores

Raramente conseguem ver.

Eu que procuro enxergar

A beleza que percorre

Montanhas e céus,

Como algo verdadeiro.

Meu desatino é acreditar...

Felipe M do Carmo e Sofia
Enviado por Felipe M do Carmo em 25/10/2024
Código do texto: T8181899
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