RÉDEAS NAS MÃOS

RÉDEAS NAS MÃOS

Depois de tanta tormenta,

De tanta fogueira pulada,

De tanto deserto vencido,

Vida vai  ficando domada.

Depois de tanto não, ouvido,

De pensar que não conseguiria,

Quase acatando desistir,

Dei ouvidos a poesia.

Declamei quando podia

As belezas da natureza,

Festejei com o que escrevia,

Afagando onde doía.

Não mais aflige o que pode vir,

Maturidade bem mais robusta

Aponta direção a seguir

E paga o que a vida custa.

Hoje, que venha o que vier,

Que vida me cobre o que quiser

E que haja tempo para pagar,

Caniço dobra sem quebrar.

As rédeas estão nas minhas mãos,

Em vida chucra,  aprendo a montar,

Em pássaro valente e livre,

Tirinhos não impedem voar.

AMN DIDO
Enviado por AMN DIDO em 18/10/2024
Código do texto: T8176680
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