Poeta do Silêncio

Quando as palavras lhe fogem,

é o silêncio que fala mais alto.

Como uma pausa na melodia da vida,

ele se torna a música entre os sons,

um eco mudo que fala mais alto

do que qualquer verso exposto.

Nos espaços vazios entre uma frase e outra,

no breve suspiro, existe um abrigo,

pois sabe que nem tudo precisa ser dito,

e que o não dito também é profundo.

Seus olhos, então, são o papel,

e seu silêncio, a força descrita.

A cada pausa, uma nova rima,

a cada respiro, um poema que nunca se perde.

Mesmo assim, calado,

no equilíbrio entre o silêncio e a palavra,

introspectivo, ele é poeta,

pois onde as palavras desfalecem,

o silêncio ergue sua voz.

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 17/10/2024
Código do texto: T8175547
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