Poeta do Silêncio
Quando as palavras lhe fogem,
é o silêncio que fala mais alto.
Como uma pausa na melodia da vida,
ele se torna a música entre os sons,
um eco mudo que fala mais alto
do que qualquer verso exposto.
Nos espaços vazios entre uma frase e outra,
no breve suspiro, existe um abrigo,
pois sabe que nem tudo precisa ser dito,
e que o não dito também é profundo.
Seus olhos, então, são o papel,
e seu silêncio, a força descrita.
A cada pausa, uma nova rima,
a cada respiro, um poema que nunca se perde.
Mesmo assim, calado,
no equilíbrio entre o silêncio e a palavra,
introspectivo, ele é poeta,
pois onde as palavras desfalecem,
o silêncio ergue sua voz.