TRIBUTO A JOSÉ ÁLVARES DE AZEVEDO
O Braille de Louis
Ensinou Azevedo
Que ficou muito feliz
Em ler com a ponta do dedo
De pingo em pingo ele escrevia
De ponto em ponto ele leu José!
De brincadeira ele aprendia,
E ali nascia sua esperança e fé.
Foi difícil escrever Álvares
Também não foi fácil de ler
Mas, um dia ele sonhou com árvores
E começou aprender
E cheio de um desejo instigante
Tomado pela tentação
De levar seu projeto adiante
O braille era sua sedução
Num encontro fascinante
Que teve com o imperador
Fez um discurso contagiante
Que Pedro se emocionou
Pelo que o jovem cego contou
De sua experiência na França
Onde por lá estudou
Desde a sua infância,
Pedro determinou!
Que no Brasil acabou
Essa coisa de cego pedir esmola
E foi daí que ele criou
Para o cego a primeira escola
O Instituto Imperial
Onde o cego iria aprender
A ter direito social
Para se desenvolver
Foi assim que o tempo passou
E o cego saiu da praça
Confirmando o que Pedro falou
Que a cegueira não era desgraça
Porque o cego Azevedo
Descobriu o segredo
De fazer cego ler
E também escrever
Através da ponta do dedo
E assim se informar
Foi por causa de José
Que no Brasil cego pode estudar
Na escola do braille cego escreveu
Tempo depois um outro leu
E o conhecimento se fez nacional
Foi tudo fenomenal
E se espalhou como semente
Crescendo como árvores
Fazendo do cego gente
Pelo exemplo de Álvares
Que propagou o segredo
Quando escreveu Azevedo
E se encheu de esperança e fé
E essa é a história
Que deu ao cego brilho e glória
Do nosso patrono José.