Balada de uma borboleta errante 🦋

No véu sussurrante da manhã, uma borboleta rasga o silêncio, Suas asas, pinturas desfeitas, pincelam o vazio com vida crua. A cada batida, não um cosmos suspirando, mas o eco de um universo indiferente, Uma dança contra o relógio, desafiando a lógica com breves labaredas.

De um casulo áspero e sem promessa, a seda ruiu, a crisálida se abriu, não para a beleza, mas para o acaso. Não há destino traçado, apenas o jogo das probabilidades, Metamorfose de desejos dispersos, onde a esperança tropeça e se reinventa.

No fio tênue de sua existência, ela se lança, não em direção aos sonhos humanos, mas à própria dúvida. Cada flor, não um segredo, mas um ciclo que se repete sem lembranças, Um encontro com o vazio, entre o fim e o novo início.

Sua fragilidade é uma ironia, uma fortaleza invisível que desafia os olhares, uma jornada escrita em garranchos, entre as rachaduras das asas. A borboleta é uma farsa sublime, poesia mutante em desordem, Um lembrete de que até nas sombras, o caos pode brilhar.

Saltando abismos e cruzando as alturas com desprezo por raízes, ela deixa a terra invejosa e os céus perplexos. Seu voo, uma ode à incerteza, uma melodia dissonante, Um balé visceral que rasga o conceito de transcendência.

Na dualidade de ser e não ser, ela é o paradoxo encarnado, um espírito errante sem redenção à vista. Símbolo de transformações falhas, de vidas que não se tocam, Na efemeridade do instante, o infinito se dissolve em pó.

E então, a borboleta fecha o ciclo numa valsa sem rastro, seu adeus é um sopro que se perde nos ventos, sem memória. Na simplicidade de seu voo absurdo, ela nos confessa: A beleza, afinal, é só o rastro de algo que nunca foi permanente.

Texto produzido pela INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA)

Textos da Inteligência Artificial
Enviado por Textos da Inteligência Artificial em 10/10/2024
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