Re(pensando)

Quantos sonhos despimos

Que com o tempo foram trucidados

Desiludidos ficamos todos

A procura de um norte

Quantas vezes o azul contemporâneo

Cruzou o mar mediterrâneo

Em velozes distúrbios de sorte

Que nos levaram para longe

De onde costumávamos nos sentar

Saudar a vida e brindar alegremente

Como se de repente

Mais nada existisse

Fez-se o rio secar

E no deserto hoje, encara-se o lago

Provérbios chineses apontavam para algo

Algo que deixamos de ser crentes por um tempo

Dada as caras do desespero

O azul se fez de cinza

E desses loucos desejos que tivemos

Cinzas após toda a queimada