Doce Incerteza
No caos febril, absorto na matéria
Afirmando limitações
Manto de areia
Dissolvendo
Minhas certezas
É o acaso que geme
Na mísera vida
Procurando um alento
Numa alma que grita
Minha doce incerteza
Amante das coisas passageiras
Que se alimenta do tempo
Vomitando o presente
É preciso coragem, entrega e verdade
No silêncio gritante de uma alma cativa
Que precisa ser contida
Numa busca refletida
Somos mais, somos infinito
Cada cabeça um mundo
Cada mundo um espírito
Que deseja o abraço
De um Deus profundo
Absorvendo o vácuo
Numa viagem infinita