INCÓGNITA INFINITA

Entre o oceano agitado e a calmaria

Sou a onda mais forte morrendo na areia

Sou quentura da lava queimando o vulcão

Logo pedra, sem força resfriando no mar.

Sou por vezes tão forte me sinto um leão

Noutras vezes sem juba, caído e sem voz

Sou um grito atroz preso em meu silêncio

Sou moinho em fúria dependente do vento.

Sou a luz da manhã em seu esplendor

E murmúrio das noites chuvosa e sem lua

Sou uma alma nua com roupa de seda

Perdido em mim, incógnita infinita.

JOEL MARINHO