Borboletas do Asfalto
Brisa mansa namora aurora
Para aliviarem uns cansaços
Tal qual borboleta do asfalto
Que vive de braço em abraço
Bem vestidas beira estrada
Sem lar e sem uma guarida
Cumprindo suas tristes sina
Conhecidas como decaídas
Dama da noite finge tá feliz
Escondendo o mal caminho
Pousando de galho e galho
Para agasalhar e fazer ninho
Ás vezes são até conhecidas
Como bandida bem trajadas
Outros entende a triste vida
As das borboletas de estrada
Mais uma noite já terminando
De um clarão amanhece o dia
Aos prantos despede da noite
Desilusão a única companhia
São maléficas ou as coitadas
Mestre não autorizou a dizer
Somos filhos do mesmo pai
SÓ ÉLE PODERÁ RESPONDER
Poema Jair Batista Gomes