Posfácio

Em meio aos anos de convivência

O amor implementado constantemente

E do cultivo que se fortalece diariamente

Pensamos herdar a permanência.

Outrora, percebemos em essência

O viver são páginas diferentes

Escritas definitivas, mensagens permanentes

O que fizemos no florescer, a adolescência?

No posfácio, incubando a despedida

A ausência predomina na imensidão

Descolorindo páginas rejuvenescidas.

No posfácio, fazem-se memórias, devassidão

Sem um tchau, sem ter a semente colhida

Faz-se presente a exaustão.

Seja ela moral, psicológica

Ou relapsos de memórias enraizadas

Algo que foge à lógica.

Seja por instâncias não preparadas

Por melancolia ou atitudes "misóginas"

São raízes fixadas.

Em meio a um posfácio inacabado

Um enredo que foge à narrativa

Estruturas que fogem às prerrogativas

Tem-se um fim encorpado.

Marcel Lopes

20/09/2024