Fragmentos
É de mim a dúvida insanàvel
No crepúsculo de um tempo já esquecido
O que será o próximo passo
Num abismo sob meus pés?
Ontem a primeira flor brotou
Era amarela e ao lado um fragmento de fóssil
Quanta existências antes de mim!
Não vou ressuscitar meus demônios, não
Que fiquem guardados num canto qualquer
A existência que busco
Mais que a busca da mais bela canção
Não está na minha própria vida
Fragmentos de meteoros grudam na minha pele
Sou um ser em permanente mutação
Kafka, talvez, um primo distante, talvez apenas
Conjecturas
Sigamos
A vida é longa