ATOS DA VIDA: Código do texto: T8155341

ATOS DA VIDA:

7ª Quinta Poética Grupo Amar é Preciso

Tema: A Palavra de Deus é tudo na minha vida

Autor: MAKLEGER CHAMAS — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)

Data: 19/09/2024

TÍTULO: ATOS DA VIDA

Eu tentei voltar ao passado.

Até jurei a Deus

Que, se Ele me voltasse;

A um dia específico do passado;

Eu iria louvá-lo eternamente.

Mas Deus me respondeu

Que, depois

Que se ganha o direito de viver;

A escrita do vivido

Não se consegue apagar.

Porque um instante vivido

É uma roupa usada

Que não se consegue reusar.

Pois, por mais que se tente lavar;

Sempre haverá uma mancha,

Um rasgo qualquer

Que, se costurado;

A costura aparecerá.

Foi então que pedi a Deus;

Que Ele fizesse uma exceção.

E foi então que, na simpatia,

Sem risos de fantasia,

Deus me respondeu

Que, no caso da vida,

O que vale é a própria decisão.

Pois os atos da vida

São de livre arbítrio do coração.

Por isso está decidido:

Que, mesmo que eu fique ferido,

Deus, eu irei sempre louvar,

E você, com certeza, esquecerei.

Porque um instante vivido

É uma roupa usada

Que não se consegue reusar.

Pois, por mais que se tente lavar,

Sempre haverá uma mancha,

Um rasgo qualquer

Que, se costurado,

A costura aparecerá.

TÍTULO: ATOS DA VIDA

Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98

Autor Makleger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)

Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL

Data da escrita 18/09/2024

Dedicado a

Registrado na B.N.B.

https://docs.google.com/document/d/1ZDJnuaYamIp34DXvudz7OZHd0z1h2lXkct882Ss7VsM/edit?usp=sharing

CENA: UMA SALA ACONCHEGANTE.

Todas estão reunidas em volta da mesa, com xícaras de café à frente. Uma cópia do poema “ATOS DA VIDA” de Nelinho (Makleger Chamas) está sobre a mesa.

Elas começam a discutir o poema e o processo de escrita do autor.

(GORETI) Olhando para o poema na mesa diz:

— Esse poema… “ATOS DA VIDA”.

— Tem algo tão profundo na maneira como Nelinho escreve, né?

— Ele fala do passado como se fosse uma roupa…

— Que, por mais que você tente lavar ou remendar, sempre carrega marcas.

(EDVÂNIA) Balançando a cabeça, concordando

— Sim, ele tem uma maneira única de transformar coisas simples em metáforas tão poderosas.

— É como se ele estivesse nos dizendo:

— Que, por mais que a gente queira retroceder, os atos da vida não podem ser apagados.

— Cada escolha deixa uma marca.

(EDILEUSA):

— O que acho interessante é como ele coloca a responsabilidade sobre o livre-arbítrio.

— Ele faz esse pedido a Deus para voltar ao passado.

— Mas Deus responde firmemente, dizendo que a vida segue e o que é vivido não pode ser mudado.

— A escrita do vivido…

— É como se a vida fosse uma linha contínua, sem possibilidade de volta.

(CRISTINA):

— Fico imaginando como foi o momento em que ele escreveu isso.

— Você consegue sentir a angústia dele, aquele desejo de mudar alguma coisa, de corrigir algo do passado…

— Mas, ao mesmo tempo, há uma aceitação profunda.

— Ele sabe que não tem como reverter o tempo.

— Ele até pede uma “exceção” a Deus, mas entende que o livre-arbítrio é soberano.

(GORETI):

— Nelinho devia estar em um momento de grande reflexão quando escreveu esse poema.

— Dá para perceber que ele passou por algo forte, algo que o fez desejar apagar uma parte do que viveu.

— E ainda assim, no final.

— Ele encontra uma espécie de paz na decisão de seguir louvando a Deus.

— Mesmo que as feridas do passado fiquem abertas.

(EDVÂNIA):

— Sim!

— E ele traz essa ideia de que o passado é como uma roupa usada.

— Adoro essa metáfora.

— Mesmo que você lave, sempre fica uma mancha, uma costura.

— E essa costura, por mais que a gente tente disfarçar, vai sempre aparecer.

— Eu me pergunto se ele estava pensando em alguém específico quando escreveu isso…

(EDILEUSA) pensativa:

— Pode ser.

— Talvez seja uma reflexão sobre um amor antigo, ou uma decisão que ele tomou e se arrependeu depois.

— Mas o bonito é que, mesmo com toda essa dor e esse desejo de retroceder, ele escolhe seguir em frente.

— Ele aceita que o passado faz parte de quem ele é agora.

(CRISTINA):

— E no final.

— Ele decide que louvará a Deus.

— Mesmo que ele fique ferido por isso, e esquecerá a pessoa ou o evento que o machucou.

— Acho que isso reflete a maturidade dele, de reconhecer que o passado não pode ser mudado.

— Mas que ele pode decidir como seguir adiante.

(GORETI):

— Essa ideia de que os atos da vida são de livre-arbítrio do coração…

— Isso me faz pensar em todas as escolhas que a gente faz sem perceber o impacto total.

— Nelinho coloca isso de uma forma tão poética e verdadeira.

— A gente é responsável pelo que viveu, mesmo que depois se arrependa.

(EDVÂNIA):

— E ele escreve tudo isso com uma sensibilidade que é própria dele.

— Não é só sobre as escolhas, mas sobre como essas escolhas nos moldam.

— A vida é cheia de cicatrizes, e ele parece ter entendido isso de uma forma muito íntima.

(EDILEUSA):

— Acho que é por isso que o poema ressoa tanto conosco.

— Quem nunca quis voltar no tempo e refazer algo?

— Mas a verdade é que o que vivemos, mesmo com erros, nos torna quem somos.

— É como se ele estivesse nos dando uma lição:

— As marcas da vida fazem parte do nosso tecido, e a costura que aparece é parte da nossa história.

(CRISTINA) sorrindo suavemente:

— Nelinho é um poeta com uma alma muito sensível.

— Ele sabe usar as palavras para nos fazer refletir sobre o que realmente importa.

— “Um instante vivido é uma roupa usada…”

— Essa frase não sai da minha cabeça.

— Ela resume tão bem o que ele queria dizer, né?

(GORETI):

— Sim, Cristina.

— É uma verdade simples, mas que carrega uma profundidade imensa.

— Às vezes, tudo o que podemos fazer é aceitar o passado.

— Abraçar as marcas que ele nos deixou, e continuar caminhando.

— Afinal, como Nelinho diz, a costura vai sempre aparecer.

— Mas isso não significa que a gente não pode seguir louvando a vida e a Deus.

(EDVÂNIA):

— Exatamente, Goreti.

— E talvez essa seja a grande mensagem do poema:

— Aceitar o que não pode ser mudado e valorizar as cicatrizes como parte de quem somos.

(EDILEUSA):

— Eu concordo.

— Ele nos lembra de que a vida é feita de decisões.

— E que, mesmo com as feridas, sempre podemos escolher como vamos seguir adiante.

— O poema dele é um lembrete de que, mesmo nas dificuldades, há espaço para o louvor e para o aprendizado.

(CRISTINA):

— Pois é.

— E que, no final, o mais importante é o que decidimos fazer com o que já vivemos.

— O passado pode nos ferir, mas ele não precisa nos definir.

— Acho que Nelinho sabia disso muito bem.

Esse diálogo foca nas reflexões que as amigas fazem sobre o poema “ATOS DA VIDA” e como Nelinho (Makleger Chamas) capturou o impacto do tempo, das decisões e das marcas deixadas pelo passado.

É um poema profundamente reflexivo sobre o tempo, as escolhas e a irreversibilidade dos momentos vividos. “ATOS DA VIDA” traz uma metáfora poderosa, comparando o passado a uma “roupa usada” que, por mais que seja lavada ou remendada, nunca volta a ser como antes.

O diálogo com Deus reflete o desejo humano de voltar no tempo para corrigir ou reviver certos momentos, mas a resposta divina revela que a vida é construída sobre as decisões e experiências que não podem ser apagadas.

A estrutura poética se entrelaça com a ideia do livre-arbítrio e a aceitação dos resultados de nossos atos, deixando uma mensagem de resignação e sabedoria.

Deus aconselha o eu-lírico a abraçar os atos da vida e seguir em frente, com a certeza de que, apesar das marcas deixadas, a vida merece ser louvada.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 19/09/2024
Reeditado em 21/09/2024
Código do texto: T8155341
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