Aprenda a semear
O dia que não amanheceu
A flor que não desabrochou
O beijo que ficou no ar
O amor que o tempo não levou
Sonhos que beiram a realidade
São aqueles procurando encobrir medos presentes
Os anseios que nos fazem sonhar
São como doces dulcificando o ego da criança ausente
Histórias de um trovador, cantigas de ninar
São o fermento expondo o cerne ao raiar do dia
Sem a música dos ventos aninhando mente e coração
A vida e tudo mais seria uma eterna loteria
O milagre da vida é controverso
A chama que ilumina nem sempre é a que encanta
A dor outrora insana é a mesma que nos mantem vivos
Aprende-se mais lambiscando o amor do que se afogando em abundancias
Apanhe algumas sementes em teu coração
Cabe a você semeá-las em seu redor
Germinam como frutos atraindo os pássaros perenes
Jamais se esqueça de regalas com o principal dom: o amor maior
Manoel Claudio Vieira – 18/09/24 - 04:39h -