NINGUÉM É DE NINGUÉM
Deixem os meninos brincarem
Ninguém é de ninguém
Descanse no tempo
A noite não demora
Amanhã estarão todos velhos
Viverão tristemente sós
Lembrando deste ontem
Tolhido pelos entes
Que deixaram de amar
Eu e você perdidos no horizonte
D'uma noite sem fim
Um sol que nunca nascerá
Seus olhos cerrados para sempre
Nunca verão este arco-íris
Após a tempestade sombria e fria
Gritos e dor num quarto fechado
A luz se apagou
Não vês as marcas no corpo e alma?
Morre infeliz
Maldito dia em que ti fez
Sua vida é meu castigo
Assim ecoa trovões no céu
Deste coração de marfim
Fechado para o Amor e compaixão
Perdido és no abismo ignorante
Cerrados teu punho grita
Adeus, livre estou de ti