Sereno da bonança
Ouço a chuva da alvorada
que anuncia uma canção
encoraja as camélias
traz ao homem a redenção.
Busco a antiga harmonia
ofuscada em ambição
perdida a linha da candura
onde está o rumo, então?
Chora em vão o ser errante
como um tolo em perdição
toca a aura do orvalho
proclama pois renovação.
Encosto a mesma gota límpida
aprecio o frescor em minha mão
nada acende em minh'alma
onde está meu coração?
Culpo as nuvens responsáveis
por tamanha distinção
pois a mim não é doado
o fruto da mansidão.
Sobe o brilho no horizonte
gorjeia baixo o azulão
canta que a luz de dentro
é que traz transformação.
Como encontrá-la, então?
Como inflamá-la, então...