Noite

Noite vem. Não está só.

Prefere o frio morno das estrelas. Parceiras. Absorve o tremor das sombras. Aliadas. Canta o lamento das cigarras. Companheiras. Perambula pelas avenidas, ruas e ruelas. Flerta com árvores e postes desnudos. Vagueia com seres errantes. Penetra nos olhares atrevidos. Zomba dos abraços esquecidos. Esquece alegrias repetitivas. Busca gestos inexistentes. Escuridão reduz. Noite vai. Alexandre Sansone. 15.09.24

Alexandre Sansone
Enviado por Alexandre Sansone em 15/09/2024
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