O homem é o seu próprio lobo.
O homem é inimigo do homem, sendo o homem o próprio lobo do homem, entretanto, o pior inimigo é quando você é o seu inimigo.
Assim sendo, você é o seu lobo devorador.
Em geral você é o seu lobo demolidor, aquele que constrói a sua tragédia humana, se você é o seu inimigo, deste modo, não existe possibilidade do outro ser seu amigo.
Com efeito, o problema não é o outro, todavia, você mesmo, o sendo você o seu destruídor.
O que você precisa entender, não existem homens em geral, o que há são classes sociais.
Portanto, existem dois tipos de homens, aqueles que compram a força do trabalho, os que vendem a força do trabalho.
Sociologicamente, tal fenômeno é entendido por mais valia, a força vendida não paga, motivo pelo qual você é pobre.
Em síntese, o seu lobo não pode ser você, entretanto, aquele que lhe faz ser escravo.
O lobo deseja alimentar da sua carne, porém, sendo você o seu lobo, você come a seu próprio corpo.
Você o seu principal inimigo.
Assim sendo, existem direita e esquerda, neoliberalismo e social liberalissmo, na construção do Estado político.
Portanto, quando você vende a sua força do trabalho, aceitando a ser escravo, ideologicamente, sendo um neoliberal ou seja um pobre de direita, exatamente, quando você transforma-se em seu próprio lobo.
Você aceita comer o seu corpo, quando você pensa que o seu corpo pertence a outra pessoa, então você inconscientemente imagina ter outro corpo, sendo você o corpo do dominador.
Quando tal fato acontece, você aceita ser o seu escravo, entretanto, sendo escravo de outra pessoa.
Refiro ao pobre abobado, bestializado, jumentalizado, aquele que vende o corpo para quem compra a força do trabalho, sendo pasto para duas naturezas de lobo.
O lobo externo e o lobo interno, você transforma-se em seu próprio lobo, que come o lobo que você é, o maior grau de alienação política de um pobre abobado.
Aquele que se transforma em escravo.