Castelo Perdido
Por que se espelhar em quem é mediocre, desprezível e vil?
Por que vestir máscaras que nunca se encaixam?
Se achar grande na busca por um propósito,
E se perder numa trilha que jamais foi sua,
Isso não te torna admirável.
Teu eu criança, livre e leve,
Com sonhos que fluiam como brisa,
Mudando e mudando,
Não se importa se você mudar agora.
A rigidez não é virtude,
E o passado gravado não guia o futuro.
A criança astronauta hoje não suporta o vácuo,
O doutor de 10 anos teme o sangue,
A princesa antes cercada por súditos, se vê sozinha na gigante mesa de jantar.
Festejando a ausência de si mesma,
Em nome de algo tão grande,
Que sequer existe.
Viver num castelo alto e impenetrável
É afastar o mundo em prol de uma coroa.
Em qual trono? Se não há quem o sustente?
O que é sonho e o que é delírio?
Não precisamos viver assim.