RUMO À LIBERDADE
Senti um arrepio deslizar pelas costas,
O que será? Medo, desejo ou marés revoltas?
Olhei além de mim, vi mundos a dançar,
Realidades distorcidas que nunca vão se revelar.
Encontrei um labirinto sem fim,
Devo entrar ou seguir meu instinto?
Logo vi: bastava olhar pelas folhagens densas,
O caminho se abria, simples como danças infantas.
Fui mergulhar no abraço do mar,
Com os pés na areia, o vento a me embalar.
Cada dança, cada brisa uma canção,
Sentindo a leveza de um instante sem prisão.
Continuei caminhando até o mundo se silenciar,
Percebi: as amarras sociais são como o luar,
Sombras que surgem dos traumas a pesar,
Ilusões óticas que nos fazem vacilar.
Encontrei a liberdade no vento,
No mar sereno, no silêncio do momento.
No alento da brisa e no cântico do ar,
A paz reside onde deixo o ser flutuar.