POEMA NATURAL
Sem transcendências
ou metafísicas.
Preciso do poema
com jeito de queijo
e café quente.
Saboreio espantos
e necessidades.
Nada de amor etéreo,
prefiro cafuné
e uma massagem no pé.
Banho morno,
noite bem dormida
e um bom prato
de comida.
Sorrisos, abraços
e batidas do coração,
são eternos sonetos.
Quero a vida nua
com seus sabores
doces e ocres,
e o lado escuro da lua,
nada de eternidades.
Em lua cheia,
basta-me
passear pela cidade
ao teu lado,
segurando em tuas mãos.