Entre o Cosmos, o Caos e o Eu

Há quem proclame o fim dos antigos deuses

Para assim, criar seus próprios propósitos

E no tecido do vazio que nasce de repente

Fazer surgir a marca do homem insólito

A matéria se curva a uma força invisível

E o tempo não mais dispara, flui lentamente

E em um processo assaz inverossímil

Alimenta e conecta o corpo e a mente

Desejos profundos moldam os vultos

Entre sonhos e medos, nasce o conflito

No íntimo do Ser, movimentos ocultos

Que buscam desaguar no mar do infinito

E assim, no abismo que o homem tece

Forja o seu futuro, o seu nobre altar

Entre a fé desfeita e a vontade que cresce

Criando um cosmo onde pode habitar.

Igor Grillo
Enviado por Igor Grillo em 06/09/2024
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