Entre o Cosmos, o Caos e o Eu
Há quem proclame o fim dos antigos deuses
Para assim, criar seus próprios propósitos
E no tecido do vazio que nasce de repente
Fazer surgir a marca do homem insólito
A matéria se curva a uma força invisível
E o tempo não mais dispara, flui lentamente
E em um processo assaz inverossímil
Alimenta e conecta o corpo e a mente
Desejos profundos moldam os vultos
Entre sonhos e medos, nasce o conflito
No íntimo do Ser, movimentos ocultos
Que buscam desaguar no mar do infinito
E assim, no abismo que o homem tece
Forja o seu futuro, o seu nobre altar
Entre a fé desfeita e a vontade que cresce
Criando um cosmo onde pode habitar.