Poucos

Quando o mar se expande,

seu porto esvai.

Agora lhe resta pouco,

resta fazer-se de som como o vento, faz.

Esquerdecer com o vulto, trair.

Louvas vidas com olhares distantes,

mas eternizar nem sempre há de convencer,

pois não.

O poeta acorda,

para pôr à vista

a vida que carece,

e, necessita nascer.

Algo maior que gritos de guerra,

entoado nas baquetas quebradas

e nos sonhos desfigurados.

Numa mão que inerente,

não se torne artificio

e possa suficientemente

faltar.

Akal
Enviado por Akal em 06/09/2024
Código do texto: T8145841
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