Poucos
Quando o mar se expande,
seu porto esvai.
Agora lhe resta pouco,
resta fazer-se de som como o vento, faz.
Esquerdecer com o vulto, trair.
Louvas vidas com olhares distantes,
mas eternizar nem sempre há de convencer,
pois não.
O poeta acorda,
para pôr à vista
a vida que carece,
e, necessita nascer.
Algo maior que gritos de guerra,
entoado nas baquetas quebradas
e nos sonhos desfigurados.
Numa mão que inerente,
não se torne artificio
e possa suficientemente
faltar.