A JORNADA DO POETA
A JORNADA DO POETA
O poeta sem a sua cruz...
Também tem o seu calvário
Se não se reveste da luz
Nada vem no imaginário...
Percorre áridos caminhos...
Qual a natureza desenha
Separa da rota espinhos
Faz sua fogueira sem lenha...
É dia dos mais ensolarados...
É longa noite... Escura, fria
É templo sem haver cercados
Um amplo antro de nostalgia...
Poeta... É um ser paciente...
Quando tece lindo bordado
Do que é... Do que ressente
Para oferecer ao ser amado...
Espera pela felicidade...
Na última hora a chegar
Com a mesma vivacidade
Só o que importa é o amar...
O poeta... O que pensa, diz...
O poeta se quer? Encanta
Poeta... Eterno aprendiz
Tudo à vida, dá-lhe conta...
(A JORNADA DO POETA - Edilon Moreira, Março/2021)